Páscoa: Festa da vida. Origem e símbolos

As origens do termo  

A Páscoa é uma das datas mais comemoradas e mais importantes dentre as muitas culturas no mundo ocidental. Sua origem vem de vários séculos na Antiguidade. 

Para as civilizações da Idade Antiga  

Vários historiadores relatam que a Páscoa trata-se de uma festa onde os povos da Europa Antiga comemoravam uma passagem. Os Gregos, por exemplo, festejavam a passagem do inverno para a primavera,que lá ocorre durante o mês de março. Para muitos povos antigos, era muito importante comemorar o fim do do inverno e o início da primavera, uma época mais amena, mais e melhores chances de de sobrevivência, dadas as circunstâncias do rigor no inverno e a baixa produtividade ou escasses de alimentos.

Para os judeus

A Páscoa para os judeus representa muito, pois é tida como um marco na memória do povo que saiu da escravidão no Egito e. a dura joranda pelo deserto até a travessia do povo judeu pelo Mar Vermelho, guiados por Moises.

É nesta época que o povo judeu prepara e come o matzá  (pão sem fermento) em memória dos tempos que vagavam pelo deserto e não tiveram tempo para fermentar o pão na fuga do Egito que teve que ser rápida.  

Para os os cristãos

Os Cristãos celebram a Páscoa como a Ressurrreição de Jesus Criusto, preso e 
crucificado pelos romanos e ressucitado ao terceiro dia. É a data em que os cristãos guardam para se lembrar da promessa de Deus acerca da luta e vitória sobre a morte. A Páscoa para os verdadeiros cristãos não tem necesidades de estar asssociada ao comércio de presentes e carnes de peixe. Aliás, a abstinência de carne vermelha durante o período que antecede a Páscoa, a quaresmoa, ou na sexta-feira santa ou da Paixão, como muitos a conhecem, não tem nada haver com ser ou não pecado. Simplesmente, na Judéia, nos tempos da pregação de Cristo,era época de grande quantidade de peixes no mar. Assim, era comum e muito consumido o peixe, por ser mais farto. A festa da Páscoa Cristã acontece no domingo.

Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.   

Símbolos da Páscoa no mundo 

O cordeiro 

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa e simboliza a Aliança feita entre Deus e o povo judeu. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a Aliança de Deus com seu povo.  

Círio Pascal 

É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que Cristo é a luz dos povos, a luz do mundo. Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal. O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho. 

Girassol 

O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem esse nome porque está sempre voltado para o sol. O girassol, como símbolo da Páscoa, representa a busca da luz que é Jesus Cristo e, assim como ele segue o astrorei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida. 

O Pão e o Vinho 

O Pão e o Vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.

Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus amigos (discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro.

Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.

A instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura" [3].

A páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade.

Hoje, comemoramos a páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e ressurreição. 

Columba Pascal 

O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.

A História do coelhinho da Páscoa e os ovos  

O coelho está simbolicamente ligado à comemoração da Páscoa por ser conhecido como um animal que se reproduz muito, ou seja, representa a fertilidade. Para os povos antigos, a fertilidade era fundamental para a preservação da espécie e certamente, condições de vida mais favoráveis, pois eram tempos nos quais o índice de mortalidade era elevado. Para os egípcios antigos, o coelho simbolizava a esperança e o nascimento, novas vidas, renovação. 

Então, porque associar a reprodução com os significados religiosos da Páscoa? reprodução, fertilidade, novas vidas, sobrevivência assumem o significado importante para os judeus, bem como para os cristãos, pois significam a esperança de uma vida nova, renovação. Quanto aos  ovos de Páscoa (de chocolate), também representam a fertilidade, a abundância, a renovação da vida. O coelho como símbolo da Páscoa fora trazido para a América por imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

Portanto, não tem problema nenhum em se dar ou ganhar um ovo de Páscoa. Sabemos que coelhos não botam ovos, muito menos ovos de chocolate. Todavia, como disse acima, ambos, coelho e chocolate representam prosperidade e abundância. Claro que, não devemos esquecer o verdadeiro sentido da Páscoa: Renascimento, compromisso com a promessa que Deus nos fez: Vencer a morte, nos dá a vida eterna. Ao celebramos a Páscoa, presenteando alguém com ovos ou outras iguarias que possam ser associadas como símbolos, é fundamental que ratifiquemos que isso, os presentes, não representam  o verdadeiro sentido da Páscoa, principalmente às crianças, nossos descendentes, filhos, netos, sobrinhos, afilhados e outros. Aos adultos, cabe a missão de perpetuar a tradição verdadeira, para que os pequenos, cresçam conhecendo a importância desta data como cristãos e pessoas voltadas à prática do ensinamento de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.

Uma Feliz Páscoa a todos. 

Referências: 

SUA PESQUISA. História da Páscoa.Disponível em:   http://www.suapesquisa.com/historia_da_pascoa.htm. acesso em 05 de abril de 2012.     

BRASIL ESCOLA. Disponível em: http://www.brasilescola.com/pascoa/ . acesso em 05 de abril de 2012.